terça-feira, 31 de agosto de 2010

Qualquer Coisa e a Mesma Coisa #3







"Eu me rendo."











Me rendo ao meu ego, me rendo ao dizer que sou guiado por impulso...Algo que a algum tempo atrás tava tentando não fazer mais.
Os dias aqui parecem lentos, vazios, e não esperados. Sem novidades, sem mesmo conformidades, a chuva vem e me tranca de vez em casa. 
Você se senta lê um livro, toma café e dorme. Não se dá o trabalho de mostrar pro outros que vive, mesmo que eles não se importem. Pouco interessa saber o que se passa ali, pelo menos pra mim, pouco me interessa saber dos outros.
Meu cachorro sentou ao meu lado, deitou sua cabeça em minha coxa, deu 2 baforadas e parecia entender o que eu pensava. 
O café tinha acabado. Estava sozinho, sentei no chão da cozinha, eram 16:00 hrs. "Por que !? E só o café mesmo !?, outra coisa acabou a muito tempo..."
Me sinto estranho em todo canto que ando, pessoas olham pra mim de uma forma explorativa, procurando entender cada característica minha. Não sou igual aos outros ao meu redor,não só no visual, é mesmo assim, isso não me destaca entre eles. E quando alguém percebe, pergunta não por interesse, mas por curiosidade. Que seja..."Não me importo com o que dizem, mas me importo com o que vão dizer ? Desisto dessa merda...".
Eu não quis me diferenciar dos demais, eu só sou assim...Não posso me rejeitar.
Subo no ônibus, sento no mesmo canto de sempre, abro um livro, presto atenção na janela, sem prestar atenção em ninguém ao redor, entro no colégio, falo com os caras e alguns conhecidos, em meio a olhares de outros conhecidos a qual não dou um oi esperando eles falarem primeiro, vou pra sala me sento na última cadeira enconstada na parede esquerda onde tenho a visão geral da sala. Dou boas risadas com os caras e fugindo da minha cabeça por algumas horas, 
vou embora sozinho para a parada de onibus onde espero por 40 minutos um ônibus lotado. Chego em casa com o Dante pulando nos meus braços, olho pro meus familiares e volto a ser bombardiado por esses pensamentos..."Rotina tito..."
Coisas insignificantes pesam cada vez mais ao tempo que me afasto. Enquanto eu meto a cara em um livro de ficção ou romance, as pessoas ao me redor me contam histórias que nem ao menos tenho vontade de ouvi-lás, me perturba escutá-las por saber que elas estão fazendo algo que a tempo não faço bem, "viver !?" Tô empurrando tudo como se nem me importasse com essa atitude, mas no fim o que conta e o tempo passado e o espaço que ficou vago, sem lembranças.
"Me deparei com algo que eu escondia a tempo e não aceitava de jeito algum..."
Sempre que termino algum relacionamento, mudo meu jeito, não por que quero, mas e como um efeito colateral que me tira daquele jeito que de alguma forma me faz lembrar essa ex.
Dessa vez foi meio fora do "padrão"... Eu poderia sim tentar mudar, mas seria totalmente forçado e não do jeito natural que as coisas devem ser, eu ficaria apenas mascarado e não diferente.
Fui as 4 da manhã a praia de novo com o Dante, coisa que não fazia a algum tempo. Sentei e esperei o nascer do sol enquanto ele corria feliz sozinho na praia de um lado pro outro com uma vareta em sua boca.
Quando os primeiros feiches de luz surgiram fechei os olhos, vendo minhas palpebras ficarem avermelhadas com o tempo,escutando "Tiesto - Ten Seconds Before The Sunrise". Isso me tirou lagrimas que pensei que estivessem secas a muito tempo atrás...



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